Aquele sentimento que é a plenitude da beleza, que completa totalmente a alma. Ápice do deleite.
Além da felicidade, apogeu. Íntimo, único e lírico. Máximo, lépido e épico. Eu quero.

sábado, 7 de setembro de 2013

Tanto conhecimento sem saber nada

Compreender cada gesto. Ler o pensamento pelo jeito que ele fecha os olhos levando a mão ao rosto. O modo como a mão acaricia a recém-chegada barba. Como ele ajeita várias vezes cada cacho do seu cabelo. O modo como caminha apressado. A forma como ele se expressa, a voz e a fala. Cada expressão e gíria, as antigas e as recentes. Os dois, meus favoritos, tipos de sorriso.  Aquele mais tranquilo, cheio de carinho. E o sorriso que é capaz de iluminar o mundo com a sua alegria. A gargalhada irônica e a inesperada. As interjeições e a maneira como se agita quando é surpreendido pela falha alheia. O jeito único de como toca na minha mão. Fecho os olhos e o sinto apertando minhas bochechas. O abraço e a maneira como falava com a voz suave para me agradar. Irritado, respira fundo, abaixa a cabeça e tenta ter calma. Fala alto e nega. Não gosta de ser interrompido. Reconhecer praticamente todas as assinaturas do seu corpo, do seu rosto e do modo como ele me olha e fala. Uma sensação de estar em casa. Em quase um ano, ainda ardo de saudades. Vejo um refúgio, meu lugar seguro e exatamente onde quero estar em cada um desses detalhes. O que dói é saber identificar cada aspecto externo dele junto da angústia da falta de possibilidade de descobrir o que, de fato, se passa lá dentro.